A música "Prá não dizer que não falei das flores", que chegou ao 2º lugar no Festival da TV Globo de 1968, perdendo para Sabiá (Chico Buarque/Tom Jobim), apesar de ser a preferida do público, que a cantou em uníssono no Maracanãzinho e virou hino contra a ditadura. Segue abaixo a letra da referida canção:
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo canhão
Há soldados armados, amados ou não
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
- Quais as estrofes da canção refletem o protesto contra a ditadura militar Brasileira?
- Explique o que foi a Ditadura Militar no Brasil (1964-1985) apontando suas principais características.
- Como os artistas reagiam a “censura” imposta pela ditadura? O que acontecia com os artistas que violavam esta censura?