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Tema de Março - 1ª Parte – Projeto do Ano Internacional do Afro Descendente – ONU

O argumento utilizado para referir-se a África como continente sem povo, sem nação, nem estado, sem passado, sem história, esta informação não procede. Pois esse tipo de "exformação" propagada massivamente por todos os meios possíveis, faz com que na cabeça de diversos indivíduos se aliene a essa exformação, transformando-a em conhecimento absoluto na consciência do seu ser tirando conclusões como: A África esta no grau inferior da escala evolutiva ou Os povos da África são primitivos.
Acreditando que em tempos remotos uma parte da África ficou branca por estar próximas aos europeus ocidentais, e povos do mediterrâneo que era separado pelo deserto do Saara e não tinham comunicação entre si, esse tipo de afirmação faz parte dos planos políticos ideológicos dos neoimperialistas. Tal Discurso utiliza imagens e suas teorias convincentes, alienantes. 

No filme "A Múmia" mostra o Faraó Egípcio.
Imothep o Faraó Egípcio é preto, no cinema mostra que Imothep seria branco.
Mas o vídeo abaixo mostra estudo feito por especialistas em egiptologia demontrando exatamente o contrário. Assista:
http://www.youtube.com/watch?v=bJPgaCedpQs
Podendo citar do Carolus Linnaeus e Carlos Lineu (1707 - 1778) Carolus Linnaeus, em português Carlos Lineu, e em sueco após nobilitação Carl Von Linné (23 de Maio de 1707 - 10 de janeiro de 1778) foi um botânico, zoólogo e médico sueco, criador da nomenclatura binomial e da classificação científica, sendo assim considerado o "pai da taxonomia moderna". Foi um dos fundadores da Academia Real das Ciências da Suécia. Lineu participou também no desenvolvimento da escala Celsius (então chamada centígrado) de temperatura, invertendo a escala que Anders Celsius havia proposto, que tinha 0° como ponto de ebulição da água e 100° como o ponto de fusão.
Em seu livro "sistema naturae" , Charles Linné, ele classifica o homo sapien como:
"... classificada em cinco variedades, cujas principais delas são: sumariadas em seguida:
A) Homem selvagem, quadrúpede, mudo, peludo.
B) Americano: cor de cobre, colérico, ereto, cabelo negro, liso, espesso, narinas largas, semblante rude, barba rala, obstinado, alegre. pinta-se com finas linhas vermelhas e guia-se por costumes.
C) Europeu: claro, sanguíneo, musculoso, cabelo loiro, castanho, ondulado, olhos azuis, delicado, perspicaz, inventivo. Coberto por vestes justas, governado por leis.
D) Asiático: escuro melancólico, rígido, cabelo negros, olhos escuros, severos, orgulhosos, cobiçosos. Coberto por vestimentas soltas. Governados por opiniões.
E) Africano: negro, fleumático, relaxados, cabelos negros, espesso, pele acetinada, nariz achatado, lábios túmidos, engenhosos, indolente, negligente. É governado pelo capricho. "¹
Esse tipo de pensamentos justificou o discurso politico ideológico europeu, usado para a escravização e trafico de povos africanos.
Sendo reforçado pelo filosofo Friedrich Hegel (1770 - 1831) como porta-voz do pensamento hegemônico do fim do século XVIII e todo século XIX. Hegel e seu livro "Filosofia da História Universal", afirma que as atrocidades da África decorrem em duas razões interdependentes:
1- pelo faro de a história ser entendida como propósito do velho mundo que exclui a África Subsaariana;
2- por conceber o africano como sem autonomia para construir sua própria história.
O filósofo alemão cita: "a África propriamente dita é a parte caracteriza deste continente, começamos pela consideração deste continente. Porque em seguida podemos deixar de lado por assim dizer. Não tem interesse histórico próprio, senão os de que os homens vivem ali na barbárie e na selvageria, sem fornecer nenhum elemento à civilização. Por mais que retrocedamos na história, acharemos que a África estará sempre fechada no contato com o resto do mundo, é um Eldorado recolhido em si mesmo, é o País criança, envolvido na escuridão da noite aquém da luz da história consciente. [...] nessa parte principal da África não pode haver história"
Como aceitar tal definição do Continente Berço da Humanidade?
Que tipo de ideia ele deseja propagar quando afirma isso de nossos Ancestrais?
Desrespeito completo a nós e nossos ancestrais, como dizer que somos selvagens tratando como algo pejorativo o fato de vivermos em harmonia com a natureza, respeitando os seres que vivem na terra e merecem respeito igualmente a nós. Logo vemos aonde a humanidade quer chegar quando acredita e transforma em verdade pensamentos produzidos por Hegel  e seus sucessores, que vem aumentando cada vez mais quando forma estudantes em colégios e universidades com a visão distorcida, insuficiente da realidade e verdade, sem interesse de reconhecer o valor do continente e povos africanos.
Como continuar seguindo ou dar continuidade a um pensamento como o de Hegel?
Que escreve: "... Aqui o homem em seu estado bruto tal é o homem na África. Por quanto o homem aparece como homem, põe-se em oposição à natureza, assim é como se faz homem. Mas, por quanto se limita, se diferenciar-se da natureza, encontra-se no primeiro estágio, dominado pela paixão, pelo orgulho e a pobreza; é um homem estúpido. No estado de selvageria achamos os africanos enquanto podemos observar e assim ter permanecido. O negro representa o homem natural em toda sua barbárie e violência; para compreendê-lo devemos esquecer todas as representações europeias.  Devemos esquecer Deus e a Lei moral. Para compreendê-lo exatamente, devemos abstrair de todo respeito e moralidade, de todo sentimento. Tudo isso esta no homem em seu estado bruto, e cujo caráter nada se encontra que pareça humano."
Pura cegueira mental pensar isso de um continente tão rico. Em nosso subsolo africano possui uma infinidade de minerais como: cobalto, ouro, diamante, cobre, etc. Posso dizer que o subsolo africano é peça fundamental para o desenvolvimento industrial de diversos países, inclusive aqueles que escravizaram e colonizou a África. No entanto esse discurso feito por Hegel, serve para mascarar as atrocidades feita pela Europa para consegui a riqueza africana, e assim afronta nosso povo africano quando diz que "para ser homem tem que opor-se a natureza." Vemos o desrespeito completo pela natureza, ou seja, na visão deles devemos nos opor a tudo que esta ao externo.
Pensar assim não é barbárie nem violência. Vejo este pensamento de Hegel totalmente distorcido e limitado, pois para querer opor-se a algo que é maior que você, terá que usar a violência e a barbárie para conseguir vencer e se impor.
Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 – Königsberg, 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo alemão, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes. Em 12 de fevereiro de 1804 com 80 anos de idade, Kant faleceu em Königsberg, depois de prolongada doença que apresentava sintomas semelhantes à Doença de Alzheimer. Já não reconhecia sequer os seus amigos íntimos.
Podemos ver que ambos têm visão preconceituosa sobre a África.
Em 1883 a Itália havia submetido uma pequena parte da Líbia, Eritréia e costa da Somália em 1886 comunicaram as demais potências europeias o seu domínio sobre a Etiópia, transformando--a em protetorado. A Itália reivindicou para si a Etiópia, apoiada no capitulo VII, das disposições gerais, artigo 2º, data geral da conferência de Berlim. Mas impossibilitada de cumprir a obrigatoriedade da ocupação efetiva, a Etiópia continuou um território livre em um continente partilhado e conquistado pela Europa.
O Etiópes sob o reinado de Menelik II (1893), com o império unido e o exército numericamente grande e bem equipado, foi capaz de derrotar os italianos em Adowa, no ano de 1896. Mostrando que a união dos povos que vivem na região da nascente do Nilo, Etiópia, em toda sua diversidade cultural vivem harmoniasamente e vence o mau que a todo o momento tenta invadir e dominar. O homem original preto, original blackman, conhece sua fé, a ponto de acontecer em 1893, Menelik diz: "A Etiópia não precisa de ninguém, Ela estende as mãos para Deus".
Como dizer que os africanos não tem moral e não acreditam em Deus?
Existe um conjunto de valores e características pelo decorrer desse blog, mostraremos o porque a Etiópia ser considerada um País/Nação com passado glorioso e um futuro próprio de uma grande nação capaz de manter a sua liberdade. Dessa forma a Etiópia torna-se referência central de movimentos pan-africanos, de independência cristã, e também de projetos políticos de longo prazo na África e afro-diáspora.
Os estudos antropológicos que referencia Kant como importante pensador, que retoma a tradição de uma geografia voltada pra antropologia, Kant propunha descrever a realidade humana num livro publicado em 1802 no qual se referia aos africanos do sul do Saara como "homens que cheiram mau" e tem pele negra por "maldição divina".
Questionário Jovem Crítico de Março
1.       Como o texto apresenta a questão da religiosidade africana? Atualmente quais as principais religiões presentes na África? Quais se vierem para o Brasil? Justifique.
2.       Qual a visão de Hegel sobre o homem Africano?
3.       Qual a visão de Kant sobre o homem Africano?
4.       Quais as razões históricas do tratamento do homem africano como “inferior” segundo o texto? Justifique sua resposta.
5.       A classificação do “homo sapien” feita por Charles Linné é preconceituosa? Justifique sua afirmação retirando trechos do texto.
6.       Quais razões apresentadas pelo texto para a “inferioridade” ou a visão do homem africano como “primitivo”?

Pesquisa Histórica e Filosófica